Dez lições que aprendi com CEOs e empresários de sucesso

Cada um de nós vive uma situação específica, quando o assunto é liderar pessoas. Tentar usar um conhecimento geral como algo a ser utilizado no caso específico pode causar sérios problemas. Principalmente quando esse conhecimento é sintético e tem a intenção somente de alertar para alguns pontos que parecem importantes, mas que são frutos somente de uma experiência.

Ainda assim, quando me desafiaram a selecionar dez lições relevantes de liderança aprendidas com CEOs e empreendedores, achei importante compartilhar ideias extraídas da realidade empresarial brasileira. Acredito que o conhecimento assim obtido ainda é a melhor semente para a solução de nossos problemas. Principalmente quando vivenciamos a solidão da liderança e precisamos de nutrientes.

Aqui vão alguns grãos que, espero, lhe sejam férteis:

Nem todos estão dispostos a dizer a verdade, se ela lhes causar um dano na própria carreira. Você tem de perseguir a verdade, se desejar liderar. Isso significa que você deve ser capaz de enxergar 100% da realidade e saber que as pessoas lhe contarão apenas 2% da verdade. Preencher as lacunas exige muita percepção do que está acontecendo, mesmo que você não esteja vendo.

Há indivíduos que constroem e os que destroem. Observe, em cada um, a congruência das palavras e dos atos. Muitas pessoas são destrutivas, mas falam somente palavras agradáveis, são politicamente corretas e aparentam mansidão. Livre-se delas! Prefira as pessoas verdadeiras e que trabalham para construir e crescer. Não é possível a coexistência com pessoas destruidoras e de má índole.

Alguns indivíduos sofrem com o sucesso na carreira e com o desequilíbrio que ele provoca em sua vida. O profissional acha que o caminho natural para a carreira técnica é ser gerente, que, em sua cabeça, significa ser “o técnico dos técnicos”, e não se prepara para administrar pessoas e operações. Entretanto, ao ser promovido, descobre que seus dias são repletos de responsabilidades com o conteúdo de planilhas, relatórios, decisões restritas por compliance e cobranças por todos os lados. E isso pode ficar muito pior quando a família cobra também. Cada gestor deve estar consciente de que terá de aprender a lidar, no seu próprio contexto, com essas pressões. Embora existam muitas teorias sobre como obter o equilíbrio de vida, um líder deve ser mestre na gestão do tempo, para conhecê-las e aplicá-las, se quiser diminuir os desequilíbrios que o sucesso profissional provoca.

Ninguém se importa com o sofrimento de um líder, principalmente quanto mais alto for seu cargo. As pessoas olham para você como se fosse um super-homem, ou uma supermulher, capaz de suportar, de maneira indiferente, qualquer situação, inclusive as mais humanas: a morte de um ente querido, uma doença grave em si mesmo ou em um familiar, a ausência em momentos relevantes dos filhos e a distância do cônjuge. As pessoas são muito pouco gentis com executivos. Elas se vangloriam de cumprimentar os faxineiros, mas entram no elevador com o presidente da empresa e não dizem nem bom-dia. E acham isso normal.

Você pode ser bom na subida, mas péssimo na descida. Nem todo gestor está preparado para os momentos de crise. Alguns conseguem ser bons líderes somente nas expansões econômicas que favoreçam suas empresas. Quando uma crise ocorre, eles são lentos demais e comprometem o futuro da companhia. Portanto, temos de compreender e nos preparar para aproveitar ao máximo as expansões e saber minimizar e abreviar as contrações, que são naturais em todo mercado. Conseguir gerir a vida somente em uma dessas fases é não estar preparado para a jornada.

Há duas regras importantíssimas para o sucesso: 1) você será criticado; e 2) aprenda rapidamente a regra número um. Se você não souber lidar com críticas, nunca será um líder.

Alinhamento é um fator crucial para o resultado da empresa. Em uma sala onde decisões são tomadas, pessoas podem discordar e debater sobre as ideias à exaustão. Mas, quando uma decisão é tomada, todos devem estar alinhados a ela e trabalhar para que seja implementada. Indivíduos que concordam na sua frente, mas agem de maneira contrária pelas costas devem ser identificados, orientados e, em último caso, removidos do time. O alinhamento não é opcional.

Liderança é tudo aquilo que o líder faz ou tolera. A sua inação e o seu silêncio também são exemplos para os demais. Tenha consciência do que você está fomentando e que pode ser deletério para os negócios, as pessoas ou para você mesmo.

Ao final de cada decisão, responda à seguinte pergunta: “E se eu estiver errado?” E complemente sua decisão de acordo com a resposta.

Lembre-se de que um dia você não estará mais no seu cargo. A maneira como você trata os subordinados, fornecedores e clientes determinarão quais deles continuarão a respeitá-lo, mesmo que você deixe de ser alguém poderoso na empresa “X”. Você pode não desejar a amizade das pessoas, mas sentirá falta do respeito delas quando descobrir que elas somente o tratavam bem por causa do seu sobrenome empresarial. Ser duro quando necessário não significa ser desrespeitoso.

Vamos em frente!

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