Na hora da crise, abra passagem aos melhores

Eu conversava com um executivo de tecnologia da informação, e ele me dizia sobre o grave problema que sua empresa enfrentava. O presidente era um dos sócios da companhia, mas não o mais bem preparado para a função. Apenas o mais eloquente. Agora, que a crise atingiu a empresa, ele não sabe o que fazer. Enquanto isso, o diretor de operações, que também é sócio, mas muito mais bem preparado, é podado nas reuniões pelo próprio presidente, que sente que deve demostrar ter maior conhecimento que todos.

 

Como consequência, as pessoas estão preocupadas com o futuro da organização. Sentem que não apenas o diretor de operações, mas também muitos outros poderiam contribuir mais, se o presidente deixasse os melhores conduzir a solução dos problemas que enfrentam.

 

Infelizmente, muitos líderes acham que têm de ser melhores que seus liderados, até mesmo na área de atuação deles. Entretanto, o verdadeiro líder é capaz de gerir pessoas melhores que ele, e espera ser substituído, no futuro, por alguém que lhe seja superior.

 

Isso significa que a empresa deve implementar mensurações objetivas do desempenho de seus profissionais. E incentivar a promoção dos melhores. Que não são, necessariamente, os mais eloquentes.

 

Em algumas companhias, observo que o principal executivo é um entrave às operações. Em vez de deixar as pessoas trabalhar pautadas pelas melhores práticas, conhecimento sólido e experiência em suas áreas de atuação, ele dá palpite em tudo.

 

Entretanto, não percebe que o que fala é o básico, que constrange os executivos e, o que é pior, demonstra repetidamente sua incapacidade de incentivar os melhores a assumir as situações mais críticas e colocar sua competência à prova. E precisamos disso, se quisermos que os melhores sejam ainda melhores.

 

Nos piores casos, ofusca essas pessoas e as coloca para resolver problemas que estão abaixo de sua capacidade. A desmotivação se instala e, não raro, os melhores vão embora e ficam os medíocres.

 

Nada torna ética a destruição dos melhores. Não se pode ser punido por ser bom. Ou ser sacrificado por ser habilidoso em sua área de atuação. O líder tem de saber sair da frente e criar as condições para que essas pessoas floresçam e utilizem suas habilidades em prol da empresa. Em momentos de crise, essa pode ser a diferença entre a companhia sobreviver e morrer.

Em um momento em que há pessoas tão ignóbeis nos governos, no Brasil e países afora, principalmente gerindo a economia, temos de pensar em reverter esse quadro com urgência. E podemos começar pelo setor privado.

 

Ao localizar, proteger e incentivar os melhores a assumir posições relevantes, nas empresas e no mundo, criamos as condições para que as grandes soluções apareçam, minimizem e abreviem o difícil momento por que pessoas, governos e muitas empresas estão passando.

 

Vamos em frente!

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