Um grande problema acontece quando o gerente não dá um feedback verdadeiro a seus funcionários. Assim como aconteceu na copa do mundo, isso dá aos profissionais a falsa ideia de que são melhores do que seus pares e concorrentes. Entretanto, quando a disputa acontece, a realidade se impõe e a derrota gera muita frustração e desilusões.
Certa vez, conheci um executivo que somente recebia feedbacks positivos. Isso o fez acreditar que estava em primeiro lugar na lista de promoções para a gerência do setor. Entretanto, quando o gerente da área saiu ele foi informado que os feedbacks que recebia não eram verdadeiros. As pessoas supunham que ele era um “protegido” do antigo gestor e, para não contrariá-lo, davam notas falsas em suas avaliações.
Quando soube que não era um profissional nota 10, sentiu-se humilhado e a frustração em pouco tempo o fez sair da empresa.
Há chefes que têm medo de dizer a verdade a seus funcionários sobre o desempenho deles. Por vezes, até mesmo os colegas de trabalho temem ser sinceros a respeito e evitam o assunto para manter o bom relacionamento.
Como consequência, os líderes não usam essa competência de maneira apropriada para cumprir seu principal propósito que é formar outros líderes.
Para aprender a dar feedbacks o gerente deve ter uma preocupação profunda em respeitar as pessoas. Entretanto, esse respeito não pode ultrapassar o limite no qual ele simplesmente não avalia de maneira verdadeira seus funcionários. Tão grave quanto não conhecer as melhores práticas de feedback, é o líder utilizá-lo para dar ao liderado uma falsa sensação de alto desempenho.
É preferível criar condições para que as pessoas aprendam a lidar com frustrações do que criar expectativas irreais.
Sugiro que os gerentes utilizem todos os recursos possíveis para aprender a dar feedbacks: livros, palestras, workshops e coachings. E, principalmente, troquem ideias com líderes mais experientes e hábeis nessa competência.
Considere como possibilidade que uma pessoa e um time de alta performance possuem grande capacidade de receber e assimilar uma quantidade elevada de feedbacks. Deste modo os indivíduos não criam ilusões a seu próprio respeito e concentram-se em se desenvolver para superar ou, ao menos, atingir o nível de outras pessoas com a mesma idade, experiência e profissão.
Como líder, pense no futuro do indivíduo e nos desafios que irá enfrentar. Ele fracassará se não estiver devidamente preparado intelectual, física e emocionalmente.
Portanto, ser verdadeiro na hora do feedback é uma grande responsabilidade.
O mundo precisa de pessoas preparadas em todas as áreas, e elas não existirão se não souberem, com realismo, tudo que precisam fazer para se desenvolverem e chegar onde tanto desejam.
Dizer isso é um papel difícil e fundamental de todo líder.
Vamos em frente!
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