Quando vejo empresas mencionarem objetivos numericamente grandiosos, observo o quanto são pouco inspiradores para seus funcionários. Claro que, na frente dos chefes, todos demonstram energia para atingir as metas. Entretanto, isso pode significar somente resignação e cinismo.

Há uma falta de sensibilidade dos principais líderes em ser guardiões inspiradores de um propósito mais elevado para suas empresas. Não que elas não precisem de grandes números, mas querer que os funcionários se sintam inspirados somente por isso é, no mínimo, ingenuidade.

A causa disso está nos líderes falarem excessivamente sobre valores numéricos e pouco sobre valores humanos. Pior ainda quando os propósitos da empresa não possuem inspiração, um toque de humanidade e singularidade.

Não tenho dúvida que a solução dos problemas que muitas organizações passam na presente crise exige métodos rigorosos de administração. Entretanto, elas precisam saber escolher gestores mais íntegros e admirados pelos funcionários. Observo empresas alçarem a postos relevantes indivíduos que somente falam bem e que não agem necessariamente em acordo com suas palavras. Carisma sem integridade é uma combinação perigosa em líderes empresariais.

Mesmo em um momento de crise como o atual, saber tratar as pessoas com muito respeito deve ser um exercício diário da liderança. A maneira como uma empresa demite seus funcionários, por exemplo, é um indicador relevante de sua cultura. Demissões respeitosas, ainda que sejam uma experiência dura para um funcionário, tem a função de afetar o mínimo possível o ânimo dos que ficam.

Por último, a busca por resultados financeiros a qualquer custo tem feito psicopatas alçarem postos cada vez mais elevados e causarem grande sofrimento às pessoas. Metas absurdas, equipes reduzidas, tratamentos desumanos e toda sorte de dissabores que literalmente destroem o moral da equipe, mas, também a imagem e o futuro das organizações. Não sejamos ingênuos, é preciso ser um líder coercivo em momentos de crise, mas isso não significa tratar as pessoas com desrespeito, gritos e outras barbáries corporativas.

O importante é que os líderes saibam ser inspiradores, principalmente em momentos difíceis. 

E que possamos ter um mundo no qual o respeito às pessoas seja um valor permanente e não apenas um exercício reservado aos momentos em que tudo vai bem para a empresa.

Vamos em frente!

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